sábado, 24 de setembro de 2011

“100 coisas que você deve fazer antes da faixa-preta”

As vezes quando piso no tatame sinto falta de uma essência marcial que nunca terei! As vezes vejo no Jiu Jitsu coisas que muitos não conseguem enxergar e me sinto meio goiaba por isso. Tenho um defeito, odeio depender das coisas, pessoas e lugares, mais quando essa dependência recebe o nome de Jiu Jitsu o que fazer? Quando olho aqueles que me antecederam percebo que o esporte já teve seu ponto máximo, parece que os futuros graduados nunca chegaram aos pés dos verdadeiros samurais cuja a história se confunde com a da arte suave. Ainda sim temos que dar o nosso melhor.

Encontrei na net uma lista com 100 coisas que se deve fazer antes da faixa-preta, se perguntar a um branca ele pode responder: “passar pela azul, roxa e marrom”, mais se você perguntar a seu Mestre, com certeza ele falará algumas das coisas que constam nessa lista. Leia e se pergunte, você merece a faixa preta?      

100 coisas que você deve fazer antes da faixa-preta
Fonte:http://www.graciemag.com/pt/2010/08/100-coisas-que-voce-deve-fazer-ate-chegar-a-faixa-preta/







1-      "Gostar de Jiu-Jitsu.
2-      Amar o Jiu-Jitsu.
3-      Respeitar o Jiu-Jitsu.
4-       Aprender a dosar força e técnica, de modo que você lute durante o máximo de tempo sem cansar.
5-      Entender que a faixa não é o único objetivo, mas uma consequência do esforço e aprendizado. A pessoa que tem como meta apenas pegar a nova faixa limita o próprio potencial, que é sempre algo enorme e desconhecido. Em vez de se concentrar nisso, preocupe-se em desenvolver aspectos técnicos da luta.
6-      Saber o programa de aulas básico de cor e salteado.
7-      Estudar a fundo as técnicas de defesa pessoal. Ou você pretende ser um faixa-preta que se desespera para sair de uma gravata qualquer?
8-      Fazer um treino duro com o próprio mestre.
9-      9- Fazer vários amigos de fé na academia.
10-  Disputar um campeonato – e voltar com a medalha de ouro para casa.
11-  Disputar um campeonato na categoria absoluto.
12-  Perceber que no fundo, no fundo, pontos e cronômetro não existem, enquanto não há nada mais real que os três tapinhas.
13-  Participar de um seminário ministrado pelo seu grande ídolo.
14-  Aprender inglês. Do jeito que o mercado do Jiu-Jitsu é, você vai ter que se comunicar em outros continentes.
15-  Saber dar um armlock voador, mesmo entendendo que não é um golpe para ser usado toda hora.
16-  Lutar um Mundial de Jiu-Jitsu.
17-  Inventar algum golpe ou movimentação.
18-  Dar um nome bem original ao golpe criado, como por exemplo “borboleta sem asa”, “pega-bobo” ou “bola de fogo”.
19-  Experimentar variadas dietas até descobrir duas ou três que realmente funcionam para estimular o seu corpo, antes, durante e depois das competições.
20-  Fazer ao menos um ano de judô – caso o treino intenso de quedas não seja um costume de sua academia.
21-  Aprender a perder.
22-  Aprender a vencer.
23-  Encontrar o tipo de kimono cuja modelagem se ajuste melhor ao seu corpo.
24-   Afiar o surfe, pois você ainda vai participar do Campeonato Black Belt de Surfe.
25-  Se o surfe não for a sua praia, desenvolver outra atividade ao ar livre, para se energizar nos dias fora da academia.
26-  Aprender a ensinar. O que inclui saber conduzir uma aula completa, planejar o aquecimento específico para o treino do dia, casar os treinos com coerência, saber deixar o aluno novamente calmo ao fim do treino para ir para casa, entre outros pontos. “Na marrom, o atleta promissor pode dar uma aula com o faixa-preta do lado, como um estágio, um teste”, sugere o professor Raphael Abi-Rihan.
27-  Ler o manual de regras do Jiu-Jitsu da IBJJF.
28-  Próximo à faixa-preta, participar de treinos simulados de vale-tudo, conhecidos popularmente como treinos de bloqueio e taparia. Situações reais de luta são extremamente importantes para afiar sua defesa pessoal, saber o tempo de entrada de queda e lapidar outros aspectos.
29-  Raspar o cabelo, nem que seja uma só vez.
30-  Tentar fazer aulas particulares – vitais para dar um refino técnico e aprender macetes com seu professor.
31-  Oferecer-se de sparring para seu mestre, especialmente em aulas particulares, em que você também vai aprender muito.
32-  Montar sua bibliografia básica sobre artes marciais. Quanto mais livros (e vídeos e DVDs), melhor.
33-  Lutar, com todas as forças, para aquele apelido que botaram em você não pegar.
34-  Aceitar o apelido, se pegar.
35-  Emplacar um bom apelido em algum parceiro.
36-  Incentivar uma criança a começar no Jiu-Jitsu. Afinal, elas são o futuro do esporte.
37-  Adquirir autocontrole.
38-  Usar suas habilidades técnicas e seu gás para sair de alguma enrascada. Aventuras fazem parte da história de qualquer grande faixa-preta.
39-  Não deixar o seu bom Jiu-Jitsu subir à cabeça – mantenha os pés no chão.
40-  Saber reagir. Não existe uma cartilha exata sobre como você deve proceder em cada situação, mas o professor Carlos Gracie Jr. costuma ensinar uma lição clássica. Quando alguém estiver o incomodando, no cinema, no avião em qualquer lugar, pense antes de agir: se essa pessoa fosse o Brock Lesnar, o que você faria? Há horas que você decididamente tem de interceder, e ir falar com o chato. Mas faça sempre com educação – sem covardia. Seja a pessoa uma velhinha, um grupo de adolescentes ou o campeão dos pesados do UFC.
41-  Não deixar nunca de treinar o Jiu-Jitsu básico, bem como a defesa dos golpes.
42-  Ter um fisioterapeuta camarada, que depois de tantas consultas já faz aquele desconto quando surge uma nova lesãozinha.
43-  Ter a sua receita favorita de açaí.
44-  Descobrir a sua melhor hora de treinar, e entender se o seu corpo responde melhor aos treinos duros à noite, à tarde, ou de manhã cedo.
45-  Enviar um e-mail elogiando GRACIEMAG.
46-  Enviar um e-mail esculhambando GRACIEMAG – ou ao menos sugerindo novas pautas.
47-  Estudar o básico da história do seu esporte, e saber quem foram e o que fizeram os pioneiros do Jiu-Jitsu.
48-  Todo faixa-branca já viu mais de cem vezes, então não é você que vai deixar de assistir: reveja, volta e meia, as primeiras e gloriosas vitórias do Jiu-Jitsu nos ringues. Afinal, conhecer os feitos de Carlson, Royce, Rickson, Renzo, Ralph e Minotauro, por exemplo, é entender como o Jiu-Jitsu chegou tão longe.
49-  Após tantos anos de torções, descobrir o golpe para o qual você não bate de jeito algum – uma chave de pé, uma guilhotina…
50-  Ser flexível; descubra seu programa de alongamento favorito.
51-  Equiparar seu jogo por baixo ao seu modo de lutar por cima – ou pelo menos chegar perto disso.
52-  Medir forças com atletas de outras modalidades, como wrestlers em torneios de submission, colegas judocas e por aí vai.
53-  Conversar muito com os mais graduados e velhos mestres.
54-  Esquecer as bombas.
55-  Registrar em fotos o auge de sua forma física. Além de servir como acompanhamento, isso vai motivar a não deixar o shape cair, mesmo com o passar dos anos – e das faixas. E você ainda terá uma bela fotografia para um dia tirar onda com os filhos e netos…
56-  Fazer uma viagem inesquecível para lutar ou treinar Jiu-Jitsu com a equipe.
57-  Representar bem e divulgar a bandeira do nosso Jiu-Jitsu na sua comunidade, e no exterior.
58-  Testar seus conhecimentos teóricos acerca do Jiu-Jitsu em provas escritas, como as realizadas na Escola Leão Teixeira, no Rio, ou na Universidade do Jiu-Jitsu, em San Diego, entre tantas outras escolas.
59-  Acostumar-se ao desconforto. Afinal, como dizia Wallid Ismail, “é tempo ruim o tempo todo”.
60-  Se dar mal com as mulheres por causa da sua orelha.
61-  Se dar bem com as mulheres por causa da sua orelha.
62-  Ter tido no mínimo 17 kimonos até pegar a preta. Se não, você não gastou pano o bastante…
63-  Doar seus kimonos velhos para projetos sociais e alunos iniciantes.
64-  Entender a dinâmica do seu corpo, afinal cada biótipo se adapta de um jeito diferente ao Jiu-Jitsu. O seu jogo deve estar em sintonia com o tipo de corpo que você tem.
65-  Respeitar os faixas-brancas. E azuis, roxas…
66-  Desenvolver sua flexibilidade mental. Em qualquer campeonato no mundo, é comum você competir mais tarde ou mais cedo do que o esperado, mudar de área de luta pouco antes do combate… “Nesses casos, relaxe e aceite. A ausência de um pensamento rígido permite que você tire o melhor de cada experiência e evolua”, ensina nosso colunista Martin Rooney.
67-  Absorver qualquer nova técnica que lhe é ensinada, mesmo que não se torne sua especialidade. Certamente pode ser a de algum oponente.
68-  Pelo menos uma vez na vida, decidir competir em algum torneio em cima da hora. Lembre que não existe uma fase “perfeita” para lutar, vá e lute – e quem sabe será a hora perfeita.
69-  Bater, bater e bater, várias vezes. E, quem sabe, até dormir num golpe. Faz parte, tudo é aprendizado até a condecoração máxima.
70-  Fazer uma luta (ou vá lá, no mínimo um treino) sem tempo ou pontos, até pegar.
71-  No caso de ter amigos em outras academias, visitar novos ambientes. “Gostaria de ter ido treinar mais com outros atletas, para testar o meu Jiu-Jitsu sem a pressão dos campeonatos. Sinto falta por não ter treinado com o Amaury, Libório, Roleta, Cachorrão e Pé de Pano”, revela Saulo Ribeiro.
72-  Ser o herói de alguém – nem que seja do seu irmão mais novo.
73-  Explicar mais de uma vez, a diversos amigos, a filosofia do Jiu-Jitsu, e não perder a paciência quando ouvir, “Mas luta não é coisa de ignorante, não?”
74-  Ser convidado para ajudar na segurança daquela festa de amigos. Nem que seja para recusar elegantemente, apesar de sentir-se orgulhoso por dentro.
75-  Ter um Gracie favorito.
76-  Dar uma moral, do jeito que você puder, a algum projeto social tocado por você ou um faixa-preta parceiro seu.
77-  Ter o Jiu-Jitsu como estilo de vida e aproveitá-lo ao máximo. Para isso, deve-se entender que a arte não se resume a uma modalidade esportiva.
78-  Descobrir o que é persistência na própria pele – afinal, é quase certo que você vai ficar um tempo parado por conta de uma lesão. Mesmo assim, não esmoreça.
79-  Saber que GRACIEMAG é a melhor revista sobre Jiu-Jitsu no mundo, e sempre pedir para o jornaleiro ou o livreiro amigo separar seu exemplar.
80-  Decifrar expressões curiosas como “nó-de-porco”, “creonte”, “calçar a bota”, “amassa-pão”…
81-  Soltar volta e meia um “… bicho” no final da frase, e saber que isso nunca saiu de moda.
82-  Descobrir o que te motiva antes de um treino e o que serve como alívio após um dia ruim na academia – seja uma música, um filme, uma leitura ou algum pensamento positivo.
83-  Desenvolver um estilo próprio como lutador.
84-  Desenvolver um estilo próprio como professor.
85-  Entender que cada “façanha” ou briga desnecessária não acrescenta nada a um praticante, e sim representa um passo atrás na sua busca pelo reconhecimento no Jiu-Jitsu. Como afirma Saulo: “Eu nunca daria a faixa-preta a uma pessoa sem escrúpulos, ou melhor, essa pessoa nem treinaria comigo porque eu não seria capaz de abrir minha alma para ensiná-lo.”
86-  Encontrar um meio de tirar prazer das grandes e pequenas coisas no Jiu-Jitsu, desde o aquecimento até os dias ruins na academia e as derrotas.
87-  Aprender noções de primeiros socorros.
88-  Aprender a lidar com o medo, a insegurança e a ansiedade que todos temos, uns mais, outros menos. Por isso a competição é um dos melhores ambientes para se autoconhecer, não só como atleta.
89-  Entender sua responsabilidade como atleta graduado. “Se o cara pretende ser professor a responsabilidade é ainda maior, já que deve ser o exemplo para os que serão seu espelho. O Jiu-Jitsu não tem apenas a função de criar bons lutadores, mas homens capazes, dignos e honrados de levar a bandeira do Jiu-Jitsu adiante. Essa é a maior responsabilidade do faixa-preta”, ensina Robert Drysdale.
90-  Refletir sobre os erros.
91-  Depois de crescer com o erro, tirá-lo dos ombros.
92-  Enxergar a faixa-preta como um começo, não como o fim do caminho. “Aprimorei muito meu jogo depois que cheguei na preta”, lembra Marcelo Garcia.
93-  Pelo menos a partir da faixa-marrom, competir também sem kimono.
94-  Inovar nos exercícios. Não passe o resto da vida fazendo polichinelos.
95-  Enxergar o mais rápido possível que a academia não é lugar de competir, e sim de treinar e tentar posições. “Só batendo e exercitando suas deficiências você vai se tornar um lutador completo. Esse negócio de ‘ganhar treino’ é bobagem e limita o jogo e o aprendizado”, lembra Saulo.
96-  Experimentar técnicas de respiração, Ginástica Natural e ioga, para auxiliar seu desempenho como atleta. Apesar de vistas com desconfiança antigamente, hoje tais recursos estão largamente consagrados por grandes lutadores – inclusive do UFC.
97-  Preparar seu discurso antes da cerimônia de recebimento da faixa.
98-  Criar a sua própria lista com 50, cem ou 200 metas que você VAI cumprir até a faixa-preta.
99-  Aplicar a principal lei do Jiu-Jitsu (“mínimo esforço para a máxima eficência”) em sua própria vida. Enfrente os desafios da maneira mais simples possível, pois certamente este será o modo mais eficiente.
 100- Sair da internet e ir treinar"!

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